TÉCNICAS DE VÔO

Básico:
Decolagem da Asa
Controles da Asa
Vôo de Lift
Vôo Térmico
Aproximação
Pouso
Avançado:
Teoria MC.Cready
Teoria do Hexagono
Vôo de Distância
Os Segredos de Tomas Suchanek
Introdução ao Uso do GPS
Meteorologia:
Dicionário das Núvens
 
 

 

Uma Asa delta como qualquer outro planador em ar calmo, perde altura. A altura é a energia dos planadores, se perde altura trocando por velocidade e com a velocidade se ganha sustentação que mantém a Asa Delta voando no ar.

 

Se não quisermos que o vôo dure apenas alguns minutos, devemos aproveitar as correntes ascendentes. A forma mais fácil de nos mantermos voando, é mediante as ascendentes geradas pelo vento que incide sobre uma montanha, sempre que esta ascedente seja superior a taxa de descida da Asa Delta nos manteremos em vôo. Este é o vôo de lift ou vôo de colina.

 

Neste gráfico 1 vemos como o vento incide sobre a montanha, sendo obrigado a superála. Este vento que antes tinha uma direção horinzontal (flecha negra) toma uma nova direção inclinada ascendente  (flecha

vermelha) que podemosdecompor em uma componente horizontal e outra vertical (flecha azul) que é a que nos interessa neste momento. Esta componente vertical varia conforme a velocidade do vento e o ângulo de incidência sobre a mesma, que deve ser superior a taxa de descida da Asa, isto gera a possibilidade de ganho de altura. Temos desenhado o Rotor que se forma ao sotavento junto ao sinal de perigo. Se deve evitar esta zona pois as turbulências descendentes geradas ali, são extremamente perigosas.

 

A ascendente, não é uniforme ao longo de toda a colina (gráfico 2), pode apresentar grandes diferenças, se deve ter em conta a asceleração do ar nas pontas da mesma (efeito Venturi), provocando zonas de menor pressão que geram descendentes, se entrar em   algum  destes  locais  da

colina, será difícil voltar à um local adequado, e sempre as custas de perder  muita altura.

 

Por esta razão as montanhas adequadas são bem largas, mesmo tendo pouca autura, como no gráfico 2, memso tendo algumas dezenas de metros é suficiente. Em diversas zonas costeiras, se voa colina aproveitando as ascendentes geradas pelo vento que incide sobre os hotéis e prédios a beira mar. A Montanha do   gráfico   3   é   alto,   porém  por ser 

pontiagudo faz com que o vento que incide nela, escape pelos lados, gerando muito pouca corrente ascendente.

 

O vôo de colina normalmente é efetuado fazendo diversas passagens ao longo da mesma, efetuando giros de 180º em suas extremidades. As curvas devem ser sempre contra o vento para evitar que este nos jogue contra a montanha ou nos leve ao rotor a sotavento da montanha.

Podemos ver o circuito mencionado no gráfico 4 acima.

Mediante ao vôo de colina ou lift, pode-se ganhar centenas de metros, que nos permite voar e explorar lugares planos e depois voltar para a montanha e recuperar a altura perdida. Também podemos fazer vôos de distância nos apoiando em sucessivas montanhas.

Seus primeiros vôos de permanência certamente serão os vôos de colina, basta dominar as curvas de 180º. Conseguindo ganhar altura, poderemos sair da montanha para praticar as curvas de 360º e prendermos a dominar as velocidades. Toda esta experiência nos permitirá afrontar a etapa seguinte como pilotos de Vôo Livre: o vôo térmico.